
O Tao da Física
por Fritjof Capra
O Tao da Física
Livro
Sobre a União dos – aparentes – Opostos:
[…]
Os taoistas viam todas as transformações da natureza como manifestações de uma reciprocidade dinâmica entre os opostos polares yin e yang, percebendo-se assim que cada par de opostos constitui uma relação onde cada um dos polos está dinamicamente ligado ao outro.
Para o pensamento oriental, esta ideia implícita de unidade de todos os opostos é extremamente difícil de aceitar.
Parece-nos paradoxal que valores e conhecimentos, que sempre acreditamos serem opostos, sejam, de fato, aspectos de uma mesma realidade.
No Ocidente, no entanto, sempre se considerou como essencial, para a elevação a um estado iluminado, ir «para além dos opostos terrestres», e na China a relação de polaridade de todos os opostos reside nas próprias bases do pensamento taoista.
Assim, Chuang Tzu afirma:
O «isto» é também «aquilo». O «aquilo» é também «isto»… A essência do Tao é que o «isto» e o «aquilo» cessem de ser opostos. Apenas esta essência, atuando como um eixo, é o centro de um círculo que representa a mudança incessante.
A partir da noção que os movimentos do Tao são uma ação combinada e sem fim entre os opostos, os taoistas deduziram duas regras básicas de conduta humana. Sempre que se queira alcançar algo, deve começar-se pelo seu oposto.
Assim, Lao Tzu afirma:
Por outro lado, sempre que se queira reter algo, deve aí admitir-se alguma coisa que seja o seu oposto:
Dobra-te e permanecerás ereto. Esvazia-te e permanecerás cheio. Usa-te e permanecerás novo.
Sobre Maya e Karma:
[…]
Maya, portanto, não significa que o mundo seja uma ilusão, como é muitas, vezes erradamente afirmado. A ilusão está meramente no nosso ponto de vista, se pensarmos que as formas e estruturas, coisas e acontecimentos que nos rodeiam são realidades da natureza, em vez de entender que são conceitos do nosso espírito quantificador e categorizador.
Maya é a ilusão de tomar estes conceitos pela realidade, de confundir o mapa com o território.
Na visão hindu da natureza, então, todas as formas são relativas, fluidas e, maya em contínua mudança, conjuradas pelo grande mágico da atividade divina.
O mundo de maya muda continuamente, porque o divino lila é um desempenho, rítmico, dinâmico. A força dinâmica da atividade é karma, outro importante do conceito do pensamento indiano. Karma significa «ação».
É o principio ativo do desempenho, o universo total em ação, onde tudo está divinamente relacionado com todo o resto.
Nas palavras do Gita, «karma» é força da criação, de onde todas as coisas retiram a sua vida.
Trecho retirado do livro:
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